quinta-feira, 19 de março de 2009

Ai as notas!!!!

Meninos do 3º Ciclo, estou muito zangada convosco. Tão zangada que me recuso a dedicar-vos muitas palavras. Danada, furiosa, furibunda!
As notas do teste de Fevereiro foram uma vergonha, com excepção do 9º C, que são uns queridos (quase todos e quase sempre). Não estudaram nada que se aproveitasse, não esclareceram dúvidas, não se interessaram.
Posso garantir-vos uma coisa: os conhecimentos não vos serão implantados nem serão absorvidos por osmose (tomem lá uma palavra para procurar no dicionário) nem vão aparecer em sonhos, qual anjo redentor.
Trabalhem! Trabalhem! Trabalhem muito, que muitos muito precisam!

quarta-feira, 4 de março de 2009

Vim, vi e venci!

O nosso velho amigo Júlio César não o diria melhor do que os nossos ilustres deputados, que conseguiram o absoluto prodígio de fazer aprovar o projecto da nossa Escola como projecto de todo o círculo eleitoral de Lisboa, serem a escola com maior número de votos para os deputados à Sessão Nacional e eleger o Pedro Espírito Santo como Porta-Voz pelo círculo eleitoral de Lisboa. Não é possível fazer melhor do que isto (só, talvez, conseguir que o projecto de recomendação de Lisboa seja escolhido como projecto nacional... Mas estou a sonhar alto).
Foram muitas horas de trabalho, enxaquecas e incomensuráveis nervos e dores de garganta, mas valeu a pena. Apetece-me mesmo dizer que sem trabalho nada se faz e que a perfeição se atinge pelo esforço, como ficou provado.

Parabéns a todos os envolvidos e de forma especial ao meu colega Pedro, talentoso orador e eficacíssimo Nicolau.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Adeus

Voltei para dizer adeus.
Não adeus ao negligenciado blog ou aos seus parcos leitores, mas adeus ao meu pai, que faleceu há 4 dias.
Adeus a um dos homens mais inteligentes e capazes que conheci, adeus a quem me deu a ética de trabalho que tenho, adeus a quem me mostrou a importância e o orgulho da nossa profissão, de tentarmos ser os melhores nela, de chegarmos ao fim do caminho com a cabeça erguida e o nariz empinado.
Adeus a quem não me reconhecia a inteligência mas me ensinou a usá-la, adeus a quem me abriu os olhos e os ouvidos para a História e as estórias, adeus a quem me emprestou os primeiros livros que li, adeus a quem me sujeitou a intermináveis horas de fado e com isso me deu a conhecer as canções e os fadistas que poucos na minha geração conhecem.
Adeus a quem será sempre credor de uma gratidão que receio nunca lhe ter mostrado em vida. Devo-lhe tão mais do que alguma vez pensei! Devo-lhe a forma como escrevo o M maiúsculo, a cor dos meus olhos, o mau génio e a exigência, a incapacidade de entender e respeitar tanta gente importante ou nem por isso, a voz alta e grossa, a auto-disciplina e a organização, a impaciência, o ter sido uma boa aluna, a professora e educadora que sou (por vezes, só para não ser igual a si...), o espírito crítico e sempre mordaz, o bem-estar económico, a insatisfação comigo mesma e com a maioria dos outros, o estar neste mundo olhando-o um bocadinho de cima, do alto das minhas asas e dos meus vôos de mocho...
A morte do meu pai é o fim de uma época, aquele ciclo durante o qual quem morre são os velhotes e estes são os nossos avós e não os nossos pais, aquele tempo em que alguém nos protege e não somos nós quem ampara os outros. Já ninguém cuida de mim e esse desamparo agride como nunca antes. O meu pai foi embora e não voltará. Com ele levou parte de quem eu sou e quase nunca reconheço, o pedacinho que eu mesma critico e renego, mas que está cá, constituinte de mim. Só lamento que ele tivesse ido sem saber, como os pais quase nunca sabem, o quanto os filhos lhes reconhecem e agradecem, mas quase nunca dizem.
Junto de Deus, espero que acolha os pensamentos das palavras que não ouviu, que oiça o obrigada que eu nunca disse e sinta o que não mostrei.
Adeus, pai, até ao céu.



segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Existi, logo existo



História, estórias e algo mais.




É com o objectivo de partilhar que este espaço está a nascer. Mais do que as minhas opiniões (embora também por cá possam andar), gostaria que aqui estivessem materiais, links e tudo o que possa encorajar o gosto pelo passado, pela História como ciência e como disciplina e pelas estórias que compõem, ilustram, salgam e adoçam este nosso mundo.

Porque sem memória também não pode haver presente, este blogue é concebido para os meus alunos de hoje, mas é dedicado a todos os meus alunos de ontem e de sempre.